sábado, 11 de outubro de 2008

TITULO: PROFESSOR LEITOR

PROBLEMA: Professor desmotivados para leitura dos educadores.

O QUE SABEMOS: os professores, de modo geral, não tem o habito de ler.

O QUE QUEREMOS: Construir a prática de leitura de diversos genêros textuais.

O QUE VAMOS FAZER E COMO FAZER: Momento de leitura de contos, cronicas e poesias.
- Socialização das diversas leituras.
- Produção textual.
- Disponibilizar
- Apresentação das Produções.
- Apresentações das produções.
- Registros das produções que seraõ arquivadas para análise e reflexões posteriores.

CRONOLOGIA: 8 Horas

Envolvidos: todos os professores da unidade escolar.
Avaliação: Será analisado a mudança e o comportamento com relação à leituraà partir das atividades desenvolvidas.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Contos da tradição literaria

Contos da tradição literaria

muitos outros contos correm de boca em boca, com algumas ou com muitas modificações. Faz-se um acréscimo ocasionalmente, retiram-se algumas noções consideradas pouco apropriadas em um dado momento, conservam-nas mais acentuadas em outras circunstâncias. Conta-se que é assim que o povo tem reinventado a literatura oral, na qual se incluem as lendas, os contos, os folguedos, as cantorias, dentre outras manifestações de caráter popular. Trata-se de material rico e muito dinâmico.
Como uma das acepções atribuídas à palavra conto provém dessa origem que revela a capacidade criativa das pessoas anônimas, por ela escolhemos começar esta série.
Em muitas sociedades, os contos da tradição oral adquiriram formas as mais diversas. No caso do Brasil, Câmara Cascudo identifica aspectos bastante variados e, para melhor iluminar as facetas do nosso conto, propõe uma interessante classificação: Contos de Encantamento, Contos de Exemplo, Contos de Animais, Contos Cômicos (facécias), Contos Religiosos, Contos Etiológicos, Demônio Logrado, Contos de Adivinhação, Natureza Denunciante, Contos Acumulativos e Ciclo da Morte (CASCUDO, 1984, p. 261-262). Em razão de tamanha diversidade, já podemos perceber a abrangência do assunto de que vamos tratar, arriscando-nos ao confronto com formas nem mesmo classificadas ainda.
Mas, se muitas coisas podem ter um começo, esse princípio seria válido para os contos?
A atividade de contar histórias é quase tão antiga quanto a história da própria humanidade. Mas, mesmo que as narrativas populares aproximem-se dos mitos, como indicam os pesquisadores das mais diferentes áreas do conhecimento – por vezes pela impossibilidade de identificação de autoria, ou pela forte carga de intuição que essas histórias transmitem – já dispomos de estudos significativos que podem nos auxiliar a compreender melhor essa manifestação e resgatá-la em nosso benefício. Hoje, por exemplo, afirmamos que os contos, as lendas, os provérbios, os “causos” compreendem diferentes formas dessa atividade milenar, essencial para a preservação das tradições populares.
Nesta série, propomos que os contos sejam redescobertos na escola e componham uma parte significativa do currículo, ao longo do Ensino Fundamental, desde a Educação Infantil até os ciclos finais. Com isto em mente, optamos pela análise de diferentes facetas do conto, buscando-as tanto nos estudos relativos à tradição oral, quanto naqueles ligados à tradição literária.
No caso dos contos de tradição oral – ainda que sejam recontos autorais –, vale destacar que, mais importante do que precisar uma provável origem da narrativa, é perceber a visão de mundo subjacente.
Já no que diz respeito ao universo dos contos de tradição literária – mais especificamente aqueles que marcam a literatura do século XIX –, é importante que o professor converse com os alunos sobre o momento histórico em que as obras foram escritas, fale sobre autores e textos e faça associações que permitam uma visualização desse contexto, utilizando o cinema, a TV, fotos, pinturas... A apreciação da obra, muitas vezes, requer uma ambientação...

CONTOS AFRICANOS

A Menina dos Brincos de Ouro


Uma Mãe, que era muito má (severa e rude) para os filhos, deu de presente a sua filhinha um par de brincos de ouro.

Quando a menina ia à fonte buscar água e tomar banho, costumava tirar os brincos e botá-los em cima de uma pedra.

Um dia ela foi à fonte, tomou banho, encheu o pote e voltou para casa, esquecendo-se dos brincos.

Chegando em casa, deu por falta deles e com medo da mãe brigar com ela e castigá-la correu à fonte para buscar os brincos.

Chegando lá, encontrou um velho muito feio que a agarrou, botou-a nas costas e levou consigo.

O velho pegou a menina, meteu ela dentro de um surrão (um saco de couro), coseu o surrão e disse à menina que ia sair com ela de porta em porta para ganhar a vida e que, quando ele ordenasse, ela cantasse dentro do surrão senão ele bateria com o bordão (vara).


Em todo lugar que chegava, botava o surrão no chão e dizia:
Canta, canta meu surrão,
Senão te meto este bordão.
E o surrão cantava:
Neste surrão me meteram,
Neste surrão hei de morrer,
Por causa de uns brincos de ouro
Que na fonte eu deixei.
Todo mundo ficava admirado e dava dinheiro ao velho.

Quando foi um dia, ele chegou à casa da mãe da menina que reconheceu logo a voz da filha. Então convidaram Ele para comer e beber e, como já era tarde, insistiram muito com ele para dormir.

De noite, já bêbado, ele ferrou num sono muito pesado.

As moças foram, abriram o surrão e tiraram a menina que já estava muito fraca, quase para morrer. Em lugar da menina, encheram o surrão de excrementos.
No dia seguinte, o velho acordou, pegou no surrão, botou às costas e foi-se embora. Adiante em uma casa, perguntou se queriam ouvir um surrão cantar. Botou o surrão no chão e disse:
Canta,canta meu surrão,
Senão te meto este bordão.
Nada. O surrão calado. Repetiu ainda. Nada.
xxxx
Então o velho meteu o cecete no surrão que se arrebentou todo e lhe mostrou a peça que as moças tinham pregado.
xxxx
( F I M )

xxxx
Nota: Conto popular na Bahia e Maranhão. Trazido pelos escravos africanos. No original africano os personagens eram animais.

CONTOS POPULARES

A Menina dos Brincos de Ouro











A Menina dos Brincos de Ouro

Uma Mãe, que era muito má (severa e rude) para os filhos, deu de presente a sua filhinha um par de brincos de ouro.

Quando a menina ia à fonte buscar água e tomar banho, costumava tirar os brincos e botá-los em cima de uma pedra.

Um dia ela foi à fonte, tomou banho, encheu o pote e voltou para casa, esquecendo-se dos brincos.

Chegando em casa, deu por falta deles e com medo da mãe brigar com ela e castigá-la correu à fonte para buscar os brincos.

Chegando lá, encontrou um velho muito feio que a agarrou, botou-a nas costas e levou consigo.

O velho pegou a menina, meteu ela dentro de um surrão (um saco de couro), coseu o surrão e disse à menina que ia sair com ela de porta em porta para ganhar a vida e que, quando ele ordenasse, ela cantasse dentro do surrão senão ele bateria com o bordão (vara).


Em todo lugar que chegava, botava o surrão no chão e dizia:
Canta, canta meu surrão,
Senão te meto este bordão.
E o surrão cantava:
Neste surrão me meteram,
Neste surrão hei de morrer,
Por causa de uns brincos de ouro
Que na fonte eu deixei.
Todo mundo ficava admirado e dava dinheiro ao velho.

Quando foi um dia, ele chegou à casa da mãe da menina que reconheceu logo a voz da filha. Então convidaram Ele para comer e beber e, como já era tarde, insistiram muito com ele para dormir.

De noite, já bêbado, ele ferrou num sono muito pesado.

As moças foram, abriram o surrão e tiraram a menina que já estava muito fraca, quase para morrer. Em lugar da menina, encheram o surrão de excrementos.
No dia seguinte, o velho acordou, pegou no surrão, botou às costas e foi-se embora. Adiante em uma casa, perguntou se queriam ouvir um surrão cantar. Botou o surrão no chão e disse:
Canta,canta meu surrão,
Senão te meto este bordão.
Nada. O surrão calado. Repetiu ainda. Nada.
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Então o velho meteu o cecete no surrão que se arrebentou todo e lhe mostrou a peça que as moças tinham pregado.
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( F I M )

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Nota: Conto popular na Bahia e Maranhão. Trazido pelos escravos africanos. No original africano os personagens eram animais.